A sexualidade é “uma energia que nos motiva a procurar amor, contato, ternura, intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos tocamos e somos tocados; É ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações, e por isso influência também a nossa saúde física e mental”. (OMS)
A Fisioterapia Pélvica atua na reabilitação e prevenção das disfunções pélvicas, utilizando de técnicas menos invasivas, sem efeitos colaterais, indolor, sem uso de medicamentos, independe da idade, e altamente cientificas que são de exclusividade desta especialidade da fisioterapia.
Disfunção Pélvica quer dizer que a função da musculatura de assoalho pélvica está ALTERADA comprometendo o bom funcionamento miccional, fecal e/ou sexual.
DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS
- VAGINISMO
Ocorre uma contração involuntária, dolorosa ou não, recorrente ou persistente na musculatura de assoalho pélvico, dificultando ou impossibilitando a penetração vaginal, a entrada de um dedo ou objeto (absorvente interno, vibrador…), de realizar um exame ginecológico mesmo que a mulher assim deseje.
É um transtorno multidimensional que abrange o sistema interpessoal, biológico e psicológico com elementos de fobia.
Atinge de 10 a 20% das mulheres (SGOB, 2013).
TIPOS
– Primário: a mulher nunca conseguiu receber uma penetração vaginal completa.
– Secundário: quando a mulher teve relações sexuais com penetração completa, no entanto não consegue mais mantê-las em consequência das contrações.
– Seletivo: quando ocorre em função de um parceiro específico ou não seletivo quando acontece com qualquer parceiro.
- DISPAREUNIA (Dor durante a penetração vaginal)
Dor persistente ou recorrente durante a penetração vaginal, na tentativa ou durante o intercurso.
A dispareunia crônica pode levar ao VAGINISMO.
Essa queixa acomete 60,4% das mulheres na faixa etária de 22 anos. (CERENTINI et al. 2020) e 22,8% das mulheres na faixa etária de 32 anos (LATORRE et al. 2020)
E 45,3% das mulheres após menopausa, devido ressecamento vaginal, carência de estrogênio (ABDO 2004).
TIPO DE DOR: arde, queima, rasga, parece uma lixa…
INTENSIDADE: leve desconforto até uma dor intensa. Consegue penetrar.
- VULVODÍNIA
Dor Vulvar (parte externa da região íntima da mulher) com duração de pelo menos três meses sem uma causa clara identificável. Que pode ter fatores associados potenciais. Esta dor pode ser intensa e ainda associada ao vaginismo ou espasmo da musculatura de assoalho pélvico.
A vulvodínia é principalmente um distúrbio de dor e não é secundário a fatores como: vaginismo, dificuldade de excitação ou falta de lubrificação vaginal.
Acomete 8% das mulheres de 18 a 70 anos, mais prevalentes na faixa de 18 a 25 anos (Reed BD, Harlow SD, Sen A, et al 2012).
CLASSIFICAÇÕES:
– Localizada: (vestibulodina, clitoridinia), generalizada ou mista.
– Provocada (contato) ou espontânea ou mista.
– Tipo de dor: ardência e queimação na tentativa de penetração vaginal, sensibilidade pós penetração, sensação de assadura que pode durar minutos ou dias após penetração vaginal, fisgada ou pontada ou alfinetada no clitóris ou ainda cortes/fissuras na entrada da vagina.
Tratar a DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA é contribuir para a melhora da SUA QUALIDADE DE VIDA. O trabalho multidisciplinar (ginecologista, sexólogo, psicólogos, educador sexual e fisioterapia pélvica) soma na busca de solucionar a dificuldade e estabelecer uma saúde íntima SEM DOR e prazerosa.